Colonoscopia | A melhor alternativa para prevenir o câncer de intestino

A colonoscopia é o principal exame recomendado pelos médicos para rastrear e prevenir o câncer colorretal, tumores que afetam o cólon (parte central do intestino grosso) e o reto (parte final do intestino grosso). Atualmente, esta localização é a segunda mais frequente, tanto nos homens quanto nas mulheres, sendo a terceira maior causa de mortes por câncer no Brasil e no mundo. Porém, estudos mostram que a realização regular da colonoscopia pode reduzir entre 50% e 60% dessas ocorrências.

Além de permitir detectar um tumor em fases mais iniciais, o que aumenta as chances de sucesso do tratamento, esse exame tem um importante papel preventivo, pois possibilita identificar e remover pólipos, lesões benignas que antecedem o tumor maligno.

A recomendação é iniciar o rastreamento aos 45 anos, pois a incidência da doença aumenta a partir dessa idade ou ainda antes quando existe histórico familiar. De acordo com o resultado do primeiro exame, o médico indicará a regularidade ideal para repeti-lo, considerando se foram ou não encontrados pólipos e de que tipo. No melhor dos cenários, uma nova colonoscopia só precisará ser feita depois de cinco anos.

No caso de pessoas com doenças que são fatores de risco para esse tipo de câncer, como a retocolite ulcerativa (uma doença inflamatória) e síndromes hereditárias, como síndrome de Lynch, o rastreamento deverá ser iniciado antes dos 40 anos, dependendo da idade em que esses problemas foram diagnosticados, e os exames deverão ser realizados a intervalos menores. Esses pacientes, possivelmente, deverão já estar sendo acompanhados por um proctologista, que é o médico da especialidade.

Além de seu importante papel no diagnóstico precoce do câncer colorretal ou na sua prevenção, por meio da remoção dos pólipos, a colonoscopia também é indicada para investigar sintomas como sangramento, diarreia persistente, dor abdominal sem causa aparente e alterações do hábito intestinal, detectando doenças inflamatórias, infecciosas, divertículos (bolsas que se formam na parede do cólon), entre outras.

Exame requer preparo especial

A colonoscopia exige uma limpeza intestinal prévia, realizada com uma dieta especial, além de uso de laxantes, em especial no dia do procedimento, algumas horas antes do seu início –, além de jejum de três horas antes do exame.

Realizado com o paciente sedado, o exame utiliza um instrumento chamado colonoscópio. Trata-se de um tubo fino, flexível, acoplado a uma câmera, introduzido pelo ânus, que transmite as imagens para um monitor. Para melhor visualização, enquanto o tubo percorre o reto e o intestino grosso é insuflado um gás para distensão das paredes intestinais. Se encontrados pólipos, podem ser retirados e enviados para exame anatomopatológico (exame de laboratório para analisar o tecido e identificar eventual malignidade).

Após acordar da sedação, o paciente fica em observação até ter a sua condição estabilizada e ser liberado, o que só acontece com presença de um acompanhante.

Consulte regularmente o coloproctologista ao sinal de quaisquer sintomas intestinais persistentes.

Dr. Gustavo de Lisboa Braga
Médico Coloproctologista
CRM 36907/RS  RQE 32136

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